SOX: A trajetória de um UNIX Brasileiro Nos anos 80, o Brasil passou pela reserva de mercado, uma política nacional que controlava a importação de bens e serviços da área da computação, e tinha como objetivo proteger a produção nacional e alcançar a soberania tecnológica. Porem, fugindo da discussão política, podemos dizer que nos apresentou vários “clones” de computadores e videogames estrangeiros. Se na área de hardware muitos clones foram gerados, na área de software de alto nível as coisas eram mais complexas, então a empresa estatal COBRA (Computadores e Sistemas Brasileiros S.A.) foi responsável por suprir essa necessidade lançando o Sistema Operacional SOX, que era um sistema totalmente compatível com o UNIX da AT&T, e desenvolvido do zero, sem utilizar nenhuma linha de código do UNIX original. O SOX foi desenvolvido utilizando principalmente a linguagem C, com compiladores desenvolvidos pela própria COBRA, e se destinaria inicialmente para a arquitetura dos processadores Motorola. O SOX conseguiu no ano de 1989 a certificação X/Open 85, que garantia a compatibilidade com o padrão UNIX. A necessidade de desenvolver um clone do UNIX era importante, já que na época o UNIX já era bem conhecido e utilizado no Brasil e os Sistemas Operacionais dos computadores da Cobra, Sistema Operacional Monoprogramável (SOM) e o Sistema Operacional em Disco (SOD), já estavam ultrapassados e precisavam ser sempre reprogramados para novos hardwares. A introdução da “máquina virtual” foi uma das principais inovações do SOX, o que levava a ter um kernel diferente do UNIX, mas rodando os programas desenvolvidos para o UNIX com total compatibilidade sem que o usuário final notasse qualquer diferença, além de facilitar o desenvolvimento de programas com linguagem de alto nível. Outro produto interessante na época foi a criação da placa-SOX, que era uma placa com processador Motorola e especificações de hardware mínimas para adaptar outros computadores para rodar o sistema SOX com total compatibilidade. Apesar dos esforços da COBRA para criar uma “cultura SOX” e incentivar a independência tecnológica nacional, o SOX enfrentou resistência no mercado, e no início dos anos 90, com o fim da reserva de mercado, já havia sido descartado devido à preferência por sistemas estrangeiros, como o UNIX e MS-DOS.] ############### ########## ############## ######### ############### ######### ############## ######### ######## ####################### #################################### ########## ##################### ### ### ### #### ######## ############ ################## #### ### ## ## #### ## ######## ############## ############### ##### ###### ### ### ######### ################# ############### ###### ## #### #### ######### ################# ################ ########## # ### ### ####### ################# ################## #### ### ## ## #### ## ##### ################# ##################### ### ### ## ### ### ################## ####################### ############################# ########## ############# ########## ############## ########## ############# ########## ############# ########## ############# #############